Livros que Estou Lendo: Scrum – A arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo – Efeito Halo
por Anderson Ozawa – 11 Setembro 2019
“Outro problema bem conhecido é o que chamamos de “efeito halo”. Ele ocorre quando uma característica de algo influencia o modo como as pessoas percebem outras características da mesma coisa não relacionadas à primeira. Esse efeito foi estudado de maneira empírica pela primeira vez por Edward Lee Thorndike, em 1920. Em seu clássico artigo ” A Constant Error in Psychological Ratings” (Um erro frequente em avaliações psicológicas), Thorndike pediu que oficiais militares classificassem seus soldados de acordo com várias características: físico, intelecto, liderança, personalidade, etc. Em seguida, examinou como um conjunto de qualidades afetava a classificação das outras. Descobriu que as notas tinham uma correlação muito próxima. Se o físico de alguém recebesse uma avaliação boa, suas habilidades de liderança também recebiam. Assim como a inteligência e a personalidade. Essa pesquisa foi corroborada por outros estudos ao logo dos anos, confirmando, por exemplo, que, se alguém é bonito, todo mundo presume que também é inteligente e confiável.
Mas o efeito halo vai muito além da mera beleza física; ele pode surgir em qualquer situação. Pesquisadores apontam, por exemplo, que as ONGs são frequentemente tratadas como grupos que praticam o bem, mesmo que não o pratiquem; que as montadoras de automóveis criam um carro “halo” para passar uma boa impressão para a linha inteira; e que o Ipod deu um verniz cool ou descolado a todos os produtos da Apple.
Tal como acontece com o efeito de contágio, as pessoas que se concentram no efeito “halo” não analisam os dados reais. Em vez disso, elas são atraídas para algo que tem uma aparência positiva. De novo, essa falha não é proposital; trata-se da natureza humana. Combatê-la é bobagem; é como tentar lutar contra a força da gravidade.” Sutherland, Jeff / Sutherland J.J – Scrum – A arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo
Este trecho do livro, que está no capítulo 6 “Planeje a realidade, não a fantasia”, chamou minha atenção porque realmente acontece a todo momento no mundo corporativo e também na esfera pessoal.
As pessoas não analisam os dados reais. Se uma pessoa, que transmite confiança ou uma imagem boa, estiver à frente de uma organização (de qualquer natureza) com missão ou propósito benéficos, mas, que de fato possui interesses pessoais duvidosos, até demonstrando isso publicamente, ao final as pessoas não enxergam essa questão, porque são atraídas pelo que entendem como uma aparência positiva ou que lhe atraia.
RESUMO DO MEU ENTENDIMENTO: você poupara muito tempo – presente e futuro – se analisar dados reais para tomar decisões em qualquer fase ou etapa do seu negócio, projeto ou atividade. Planejar a realidade, auxiliará você em fazer escolhas corretas que não impactem financeiramente, operacionalmente ou até mesmo sua imagem. Quando você tira os elementos subjetivos da análise – baseados em percepções, a tendência é ter foco e assertividade, além de evitar retrabalho, que é um dos grandes vilões da atualidade.
Recomendo muito a leitura deste livro.
Experiente Executivo de Varejo, Palestrante, Coach e Professor. É autor do livro “Pentágono de Perdas®: Transformando Perdas em Lucros”, lançado em 2017, sobre seu método desenvolvido para gestão profissional e estratégica de prevenção de perdas nos negócios, sendo referência no Brasil, com mais de 25 anos de carreira com passagem expressiva em empresas de grande porte de diversos segmentos. Atualmente é Head de Auditoria Interna e Loss Prevention em uma das maiores redes de cinema do mundo. É Diretor do IBEVAR e Presidente do Comitê PRACS (Prevenção de Perdas, Riscos, Auditoria, Compliance e Segurança), além de Diretor do Comitê de Prevenção de Perdas da ABSEG. É Fundador do Prevenção de Perdas Brasil e Professor convidado da FIA, Academia de Varejo, Anhanguera, Sincomavi, APAS, EAD Plus para cursos de Pós Graduação, MBA e Graduação. Palestrante requisitado para importantes eventos de varejo no país e no exterior (ABRAS, EXPORAKUTEN, BR WEEK, FEICON, CONBRAFARMA, ISC, AUTOCOM, entre outros), com artigos, vídeos e reportagens para revistas, canais de televisão, sites e jornais.
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